quarta-feira, 24 de setembro de 2014

La liste (adaptées)

Ler ao som de La Liste original. rs
http://www.youtube.com/watch?v=5n3-o0YmoVg
La liste (adaptées)
Aller à Star Clean
Boire de la bière et de caipirinha
Quitter sans solde
Voir qui reçoit première cuite
Parler dans votre sommeil
Rire se souvenant du passé
Et Parler de son copain
Lire de texte ennuyeux
déjeuner ensemble
marcher dans le shopping
Lire le même livre
Regarder un film
Mourir à la danse
Et te prendre un photo

Jeter tout par les fenêtres
T'aimer de tout mon être
Je ne suis bonne qu'à ça
Est ce que ça te dé-çoit ?
J'ai rien trouver de mieux à faire
et ça peut paraître bien ordinaire
et c'est la liste des choses que je veux faire avec toi
Étude ensemble
Écoutez « Los hermanos »
Chanter trop élevé
Partout l'avenue 2
pleurer de rire
te faire lire mon travail
prendre note 10 !
Retourner à la maison ensemble
diviser une pizza
Présentez-toi mon fils
taquiner avec sa façon de parler, UÉ.
voir le coucher du soleil
écrire un poème
Et te voir tous les jours !
Jeter tout par les fenêtres
T'aimer de tout mon être
Je ne suis bonne qu'à ça
Est ce que ça te dé-çoit ?
J'ai rien trouver de mieux à faire
et ça peut paraître bien ordinaire
et c'est la liste des choses que je veux faire avec toi

Por Jéssica Vasconcelos, amada, no dia 22 de setembro de 2011.

Obrigada!

terça-feira, 29 de julho de 2014

Llum

Chegaste na hora, estrela cadente
Entraste, falaste, ouviste, me amaste
Fizeste de mim um eterno presente
Sou livre, tornaste-te meu lugar de paz

Sou todos os versos de tua poesia,
Me fitas, me miras, mergulho em teus olhos
Teus olhos brilhantes, gigantes iscas
Nossos corpos conversam por horas e horas

Voamos juntos, verdadeiros amantes
Os prazeres são nossos, o mundo é gigante
Te busco nos sonhos, te encontro ao lado
Abro os olhos e vejo: 


Es luz, luz, luz 

Cabeça fechada na esquerda

Nesses últimos tempos, conheci um tipo de pessoa perigoso. Essas pessoas deram a sorte de terem a cabeça fechada na esquerda. O que quero dizer com isso?

Sempre escutei e ainda escuto muitas críticas a pessoas chamadas “tradicionais”, “conservadoras”, “cabeças fechadas”. Não acho muito legal categorizar, mas creio as tais “cabeças fechadas” seriam, basicamente, aquelas que ainda possuem uma postura religiosa ou, mais do que isso, moralista. Elas têm medo das drogas, têm fé em deus, acreditam na polícia, são contra o aborto, etc. etc. etc. Atenção! Não estou dizendo que sou contra ou a favor dessas ideias.

Existe, porém, um outro tipo de pessoa, que é o “cabeça fechada na esquerda”. Eles são contrários a tudo o que os chamados “tradicionais” acreditam. Em calorosas conversas “cabeça”, defendem exatamente os opostos: deus não existe, legalização da maconha, a favor do aborto em qualquer caso, etc. etc. etc. Atenção! Não estou dizendo que sou contra ou a favor dessas ideias.

Então pensamos: “Nossa, essa pessoa tem os olhos abertos para as novas necessidades e realidades do mundo atual, bacana!”. Entretanto, pobre de você se tiver uma opinião que diverge um milímetro do que o “cabeça aberta na esquerda” pensa. Eles se mostram tão cegos quanto aqueles que não conseguem tirar os pés do tradicional. Eles, que numa primeira conversa parecem ter a cabeça aberta, desconhecem que cada assunto possui muitos pontos de vida, que cada história é uma história, que não se pode simplesmente bater o martelo sem se pensar nos dois lados da moeda. Eles, assim como os de direita, JULGAM, sem se abrir a reflexões.


E aí eu me pergunto: qual é a diferença entre aquele que só enxerga o tradicional e aquele que só enxerga o novo, se ambos não enxergam um ao outro?

domingo, 29 de junho de 2014

Cans-aço

Engraçado como as pessoas só tomam como verdade o que lhes convém. Um clichê verdadeiro: mentir pra si mesmo é a pior mentira.


Sempre me perguntei se a minha maneira de ver as coisas é realmente positiva ou não. Cuidar do outro exatamente como eu cuidaria de mim mesma. Colocar aquele que se ama não em primeiro lugar, mas no mesmo lugar em que me coloco. Respeitar e compreender a dor do outro, sem a ilusória esperança de entendê-lo por completo. Compreender que pode doer para ele, ainda que não doa em mim, simplesmente. Isso pode trazer muita felicidade quando existe correspondência e equilíbrio. O problema surge quando aquele que se ama é, nada mais nada menos do que um poço de egoísmo, cujo egocentrismo não lhe permite fazer concessões quando o assunto são seus desejos, suas verdades e, inclusive, suas dores. O que ele quer é muito mais importante do que o que você quer. As coisas são assim como ele diz, porque sim, e você tem que aprender e se adaptar. O que ele faz não pode machucar tanto, enquanto o que você faz é o pior que poderia ter sido feito na história da humanidade. Um pedido de desculpa? Não faz o mínimo sentido, se ele nunca errou. 

Aquele que ama esse outro se desgasta tentando fazê-lo feliz, sem nunca obter êxito, e lutando para ser feliz com as migalhas recebidas. Dá vontade de mudar. Vontade de se transformar nesse outro que é plenamente feliz pensando apenas em si mesmo. Muito menos trabalho pensar em uma pessoa só do que em todas que estão ao nosso redor. Mas será que dá? E será que é o que realmente se quer? Transformar-se em uma pessoa egoísta para defender-se de outros? Difícil essa decisão. 

sábado, 12 de março de 2011

e agora, José?

     No capitulo VII de "Os afogados e os sobreviventes", Primo Levi responde às três perguntas frequentemente feitas aos judeus (sobreviventes ou mortos): por que não fugiram? por que não se rebelaram? por que não escaparam da captura "antes"? Segue o trecho final da sua resposta:

     É preciso estar em guarda contra os juízos a posteriori e os esteriótipos. De modo mais amplo, é preciso evitar o erro que consiste em julgar épocas e lugares distantes com o metro que prevalece aqui e agora: erro tão mais difícil de evitar quando maior for a distância no espaço e no tempo. É esse o motivo pelo qual para nós, não especialistas, é tão árdua a compreensão dos textos bíblicos e homéricos, ou mesmo dos clássicos gregos e latinos. Muitos europeus de então, e não só europeus, e não só de então, se comportaram e se comportam como Palmström, negando a existência das coisas que não deveriam existir. Segundo o senso comum, que Manzoni sagazmente distinguia do "bom senso", o homem ameaçado antecipa-se, resiste ou foge; mas muitas ameaças de então, que hoje nos parecem evidentes, naquela época eram veladas pela incredulidade intencional, pelo recalque, pelas verdades consolatórias generosamente trocadas e auto-enganosas.
     Aqui surge a pergunta obrigatória: uma contrapergunta. Em que nível de segurança vivemos nós, homens do fim do século e do milênio? E, mais em particular, nós, europeus? Disseram-nos, e não há motivo para duvidar, que para cada ser humano do planeta está reservada uma quantidade de explosivo nuclear igual a três ou quatro toneladas de trinitrotolueno; se fosse usado mesmo só um por cento disso, imediatamente haveria dezenas de milhões de mortos bem como lesões genéticas espantosas para toda a espécie humana, ou melhor, para toda a vida sobre a terra, talvez com exceção dos insetos. Além disso, é pelo menos provável que uma terceira guerra generalizada, mesmo convencional, mesmo parcial, se travaria em nosso território, entre o Atlântico e os Urais, entre o Mediterrâneo e o Ártico. A ameaça é diferente daquela dos anos 1930: menos próxima, porém mais vasta; ligada, segundo alguns, a um demonismo da História, novo, ainda indecifrável, mas desligada (até agora) do demonismo humano. Está voltada contra todos e, portanto, é particularmente "inútil".
     E então? Os medos de hoje serão menos ou mais fundados do que os daquela época? Diante do futuro somos não menos cegos do que nossos pais. Suiços e suecos têm os refúgios antinucleares, mas o que encontrarão quando saírem a céu aberto? Há a Polinésia, a Nova Zelândia, a Terra do Fogo, a Antártida: talvez fiquem ilesas. Obter passaporte e vistos de entrada é muito mais fácil do que no passado: por que não partimos, por que não abandonamos nosso país, por que não fugimos "antes"?

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

uma frase

Gosto do jeito que você 'lê' a vida,
que,
quando gosto do que 'leio',
quero que você também o viva!


(para o sonic)

Jogo de azar

Uma vez lançada a moeda,
sob à luz do taciturno,
inevitável era a queda
nesse jogo deveras soturno.

Adiantou-se à coroa,
mesmo a cara dispensaste:
mas se sorte é coisa à toa,
de nada vale esse desgaste.